Vera Canta

Dissesse agora o sonho sobre o mar
em que garimpo as ondas e os luares,
saltimbancos de azul e alvos bordados
de touros, sóis e pãs descabelados,


compreenderias que ouço a tua voz
de avena clara e pão, que os bichos voltam
de suas solidões para o teu canto
e vêm pastar nesta planície enorme,


que te vejo na flor, na lã, no cacto,
sentada, interrogando as tuas mãos
e aquário, peixes, câncer.... lua e sol,


que não te crio para um sonho raro,
pois és bela, real, mais do que a fábula,
ó dinamene, ó macieira, ó prado!

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